quinta-feira, 22 de setembro de 2011

À uma flor

O roxo que ainda habita o ambiente
Me transporta para outra dimensão
Traz percepção da essência que se perdeu
No equívoco do transpassar.

Conserto tardio,
Não há remediação,
Maus hábitos se morrem
Renascem ao primeiro badalar do relógio.

domingo, 5 de junho de 2011

A felicidade foi dar um passeio
Aguarde, quem sabe ela volta.

Não posso garantir o tempo de espera
Muito menos se ela voltará.

Apenas não mate a esperança
Ela é a única que pode encher seu coração.

segunda-feira, 16 de maio de 2011


A sensibilidade que em mim aflora
Desestrutura os meus ossos
O racional era a grande aurora
Que me tornava fosco

Mesmo sabendo disso
O valor se perde
E o que é oferecido
Passa a ser diminuído

A falta do que se viveu
Impede de perceber a magnitude
Do tudo que está a crescer
Se protegendo e deixando morrer.

domingo, 8 de maio de 2011


O melhor para a gente nem sempre é o certo e isso as vezes enlouquece, algumas situações que deveriam trazer uma imensa felicidade, nos enche de extrema tristeza. Pode até parecer confuso, mas é a realidade. O pior é que essa realidade trás uma grande angústia, angústia essa que não cessa, que sufoca. Se fosse fácil entender a complexidade dos sentimentos humanos viver seria bem mais fácil e hoje a minha vida muito mais tranquila.

quarta-feira, 4 de maio de 2011


Se tudo tem que ser assim
Não entendo as palavras
Que fizeram eu me entregar

Não tive medo, me joguei
Mas não tinha alguém para me segurar

Eu disse que iria me machucar
Você garantiu que não
E hoje, encontro-me quebrada e sem conserto.



"Só não me peça pra gostar
e se despeça com olhar
de quem não pensa em voltar" (C.M.T.N)



sexta-feira, 15 de abril de 2011


Tempo de desapego
Esquecer os desejos
Jogar fora do peito
O que é entulho

Tempo, de tempo e mais tempo
Buscar sempre o espaço
Que se perde no mundo
Por escolher ficar amarrado ao pedregulho

Lembrar que o tempo
Não apaga uma dor
Nem aumenta o calor
Quando o frio já causou um rombo no peito.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Violação


O que você é pra mim?
Sinto-me suja
Você violou o que era meu.

Sentir-se culpada é algo natural
Será que realmente poderia evitar?
Hoje disperto para a realidade.

Um ser inocente, intocável
Violentado por sua sede
Lembrar sufoca
Arranca o equilíbrio.

Um quase pedaço de você,
Esmagado, triturado
Não é para ter medo?

Não dá para esquecer
As marcas estão aqui
Pago o preço das suas ações

E você? Dorme tranquilo.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Frustrada, cansada
Assim que me sinto
Mesmo quando o sol brilha
Espero a tempestade
Traz o céu em uma das mãos
E com a outra entrega o inferno
Poucas horas se passam entre os extremos
O ignóbil está na mentira contada
E ainda assim os braços continuam abertos
Por quanto tempo?
Ah! Temos uma incógnita.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Penso tanto que afundo
Tudo parece mal?
Se esse tudo sou eu
Devo me recolher para entender

Vou, mas volto para cometer os mesmos erros
Não me vejo
Nem me encontro
Me soa como ironia tais palavras

Talvez em algum momento
Possa gostar do eu que me invade
Só não espere uma melhora
Não costumo mudar.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011


Escrevo agora para você
Sobre tudo que tenho aqui
E desejo entregar-te
.
Cuidado, é frágil
Abra a mão, não tenha medo
Deixo aos teus cuidados o meu melhor
.
Confio em ti
Está em suas mãos
Fazer valer a pena ou não.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011


Faço planos com o desconhecido
Sonhos ludibriados
A tudo que tem um quê de intocado
Me entrego lentamente

Sem deixar voltar a dança
Seus poemas me embalam
Mesmo não estando claro
Fazem acreditar
Que a alegria vem ao meu amparo

domingo, 2 de janeiro de 2011

Resposta à Vênus

O acaso deu seu toque

O que há de vir?

Quem há de convir?

Será possível desvendar?


Escolher as armas certas

É usá-las sem estilhaços?

Eis uma missão difícil


Os encantos desnorteiam

Enquanto é preciso desmascará-los

Quem segue a dança

Poderia ser o alvo?


É assim que há de ser

Caça ou caçador?

Perder seria ganhar?