sexta-feira, 15 de abril de 2011


Tempo de desapego
Esquecer os desejos
Jogar fora do peito
O que é entulho

Tempo, de tempo e mais tempo
Buscar sempre o espaço
Que se perde no mundo
Por escolher ficar amarrado ao pedregulho

Lembrar que o tempo
Não apaga uma dor
Nem aumenta o calor
Quando o frio já causou um rombo no peito.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Violação


O que você é pra mim?
Sinto-me suja
Você violou o que era meu.

Sentir-se culpada é algo natural
Será que realmente poderia evitar?
Hoje disperto para a realidade.

Um ser inocente, intocável
Violentado por sua sede
Lembrar sufoca
Arranca o equilíbrio.

Um quase pedaço de você,
Esmagado, triturado
Não é para ter medo?

Não dá para esquecer
As marcas estão aqui
Pago o preço das suas ações

E você? Dorme tranquilo.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Frustrada, cansada
Assim que me sinto
Mesmo quando o sol brilha
Espero a tempestade
Traz o céu em uma das mãos
E com a outra entrega o inferno
Poucas horas se passam entre os extremos
O ignóbil está na mentira contada
E ainda assim os braços continuam abertos
Por quanto tempo?
Ah! Temos uma incógnita.